segunda-feira, maio 18, 2009

15h46, 18 de maio de 2009*

*Esta história é verídica e ocorreu na data de 8 de novembro de 2008, às 7h52 min da manhã, data em que também foi escrita.

Hoje, 8h da manhã de segunda feira, aconteceu uma tragédia comigo. Daqueles que você não acredita que realmente podem ocorrer na realidade. Indubitavelmente, foi triste e verdadeiro, não há como negar.

Estava eu, tranquilamente indo de carro para o cursinho, o relógio marcando cinco pras oito da manhã (eu estava atrasado, pois minha aula começa 8h pontualmente), encontrando-me na metade da rua Almirante Tamandaré, pouco antes do início da Visconde de Guarapuava, quando decido dar um peidinho sussegado, nada demais, aqueles que você solta só para aliviar e sentir o cheiro. No entanto, mal eu sabia que foi ali que tudo começou.

Junto com o peidinho, veio um sinal de diarréia vespertina: um leve melado, de pequenas proporções. "Puta merda, agora vou ter que me limpar antes da aula" pensei, pois aquela situação era ainda facilmente contornável. Vi o Costelão 24 horas e pensei em parar rapidamente para usar o banheiro, mas imaginei ingenuamente que daria para aguentar o tranco.

Mas meus amigos, quando cheguei no engarrafamento da Visconde de Guarapuava, onde todas as três pistas de ambos sentidos sentidos da rua estão sempre completamente lotadas neste horário em particular, percebi que precisava resolutamente ir ao banheiro. "Ah, dá nada, os banheiros do NIJUP são bons. Chegando lá, estaciono rápidamente em frente, onde pede estaR. Perco só uns 15 minutos da aula e no intervalo eu estaciono em outro local". É neste ponto que a história realmente fica triste.

Uma quadra antes do Furuta Autosom, as cãimbras estavam tão fortes que eu comecei a suar frio e passar mal. O mundo começava a ficar inaudível e distante, tudo estava lento e estático demais em relação à histeria estomacal na qual eu passava. Rezei, quase chorei, mas o trânsito não andava um centímetro, enquanto as contrações estavam à toda. Enquanto isto, a filha da puta da Rádio Lumen informava "Vá até o Banco HSBC e relaxe, goze, se solte com a conta total, que lhe fornece todas as vantagens possíveis. Relaxe... ". Filha da puta de rádio. Incrédulo e desesperado, decidi que iria estacionar logo mais no estacionamento externo de uma loja ainda fechada, e pensei em cagar nos arbustos que o enfeitavam ou pedir para alguém abrindo a loja me deixar usar o banheiro, instruindo-o da minha situação emergencial.

Tarde demais. Mesmo apertando, forçando, suando e rezando, devagarzinho veio um monte de merda, sorrateira, morna e relaxada, que preencheu a região do meu quadril com o conteúdo pastoso, para o meu completo desespero. Após peenchida a cueca e consciente de estar cagado, percebi que haviam ainda mais alguns vagões do longo trem de merda ainda prontos a sair. Cagado e desesperado, pedi pra moça do celta na esquerda me dar a vez, joguei o carro sobre a calçada, e sem olharpara trás, comecei a caminhar rapidamente, igual pinguim, para o posto mais perto, que se encontrava duas quadras depois, na esquina com a João Negrão. Pessoal, andar sabendo que está cagado é uma sensação completamente bizarra e aterrorizadora. Chegando ao posto, ainda apertado mas com a cueca preenchida, pois as cãimbas continuavam, para meu despesero não havia papel nos dois banheiros. Antes de pedir papel para a moça, pensei "do que me adianta papel agora? Melhor pedir uma pá e uma toalha". Decidi usar o feminino mesmo, pois estava aparantemente mais limpo. Dentro do banheiro, para minha sorte e surpresa, encontrei um rolo de papel, mas realmente, usar o papel higiênico foi como limpar uma poça de lama com papel manteiga. Não adiantou merda nenhuma. Após analisar a situação, percebi que a cirola fortuitamente serviu como uma sacola protetora, não permitindo a escorreita do bolo fecal para mais. Limpei os excessos como pude, usei a cirola para recolher os pedaços que caíram no chão e a joguei fora junto com a cueca, tentei me levar como pude (mas só fiquei a sujar a pia de merda, que limpei com a mão mesmo), vesti o jeans e fui embora. Antes de ir, quase esquecendo de apertar a descarga, percebi que não era uma diarréia habitual: havia naqueles pedaços uma consistência sáudavel e após pensar bem, havia dois dias que eu estava sem visitar o vaso.

Lá fora, pensei em tomar um café no posto e avisar a moça do que acontecera, salientando que deveria chamar alguém para limpar o banheiro com algo poderoso e jogar fora o lixo que estava com minha cirola coberta de fezes e a samba canção ensopada, talvez com alguma esperança de encontrar um ombro amigo e que tivesse alguma compaixão e me entendesse, ou ainda contando alguma história de igual roteiro que apaziguasse o meu vexame, mas fiquei com medo que alguém pudesse presumir que eu ainda estava todo embarrado, então decidi simplesmente voltar ao carro.

Esperando o sinal fechar na Mariano Torres, senti o alívio que indubitavelmente me foi proporcionado, misturado com um pouco de vergonha e pressa. Chegando ao carro, tinha um homem, provavelmente o funcionário ou o proprietário, com cara de bunda me esperando, pois percebi que tinha fechado metade da entrada do estacionamento externo da loja (mas que não o proibiu de entrar com seu carro). Decidi nem olhar para ele. Entrei no carro (feliz de encontrar tudo lá pois tinha deixado sem tranca), olhei pra ver se não sujei o banco, que felizmente não ocorreu, e fui embora. O homem continuou me olhando demonstrando pensar "que pia descarado", mas tive pena de mim mesmo e de minha situação embarrada e decidi não dar bola. Chegando em casa e já posto a calça de molho, percebi que foi executado com relativo sucesso a retirada dos excessos na calça. Tomei um banho demorado e meticuloso, de sabonete limpo e água bem quente, e mesmo após esfregar muito, lavar bem e secado com toalha, ainda deixava exalar um leve odor fecal junto aos pentelhos sacais.

E pessoal, pode-se ter certeza que foi tudo culpa do peido. indubitavelmente.

quarta-feira, maio 06, 2009

12h27, 6 de Maio de 2009

Kibes. É a única imagem que me vem a cabeça ao vislumbrar os pedaços que afundaram na água. 3 irmãos pontiagudos e barrigudos. Pensando bem, parece que colocaram 3 kibes em água de salsicha.

Estas semelhanças muitas vezes não são nada agradáveis.

Muitas vezes imagino que um sujeito jamais conseguiria comer um kibe num banheiro público.

Ta aí um desafio: quantos kibes um sujeito consegue comer num banheiro público. Mas não vale esses de Shopping, tem que ser de rodoviária ou de estádio.

sexta-feira, abril 24, 2009

13h30, 24 de Abril de 2009

13h30. Milho, você vê na entrada e você vê na saída. Pergunto: Se a gente não digere ele, qual o seu valor nutritivo?

Desembarcaram às 13h30 dois irmãos rijos, fortes e completos, que velozes, não deixaram marcas.

Um deles parecia estar com catapora amarela, ou sofrendo de uma aguda acne milhosa.

Foi rápido e suave. Saí tranquilo, como se em menos de dois minutos, descarreguei quase meio kilo do meu ser. Senti-me com vontade de escrever um livro, correr uma maratona, de tão altivo e leve que deixou o meu ser, ser.

8h43, 22 de abril de 2009

18h43. O horário do troço misantrópico, charuto style.

3h22, 21 de abril de 2009

3h22. Acordei com uma vontade arrebatadora de utilizar os banheiro. Passado três dias em estado de constipação,a pressão dos dejetos em exponencial quantidade deu lugar à pressão esfinctariana.

A constipação é interessante. É como se todos os alunos quisessem sair ao mesmo da classe, mas devido à pressa, a porta ficou trancada pelos mesmos, proibindo a saída. É necessário a solidariedade fecal nestes momentos, cada um tem que esperar seu turno.

Devido ao extremo estado de sonolência e pela mente ainda em estado lúdico, só percebi fugazmente a pluralidade de tipos e a riqueza dos dejetos, cada um com seu tamanho e formato.

O inesperado foi o tempo de duração da necessidade, que deve ter facilmente passado os 10 minuntos. Após uma limpeza minuciosa e um sono cadavérico, restou-me apenas ficar a imaginar a necessidade de se tomar banho após expelir tanta merda.

19h21, 18 de Abril de 2009

19h21. Foi uma longa e sofrida cagada. Acredito que os sujeitos intestinais estavam pra sair antes, mas devido a minha retenção voluntária, secaram-se, dificultando a sua expulsão tardia.

A sensação foi de blocos. Mas para minha surpresa, vi depois que eram "bananalike", com alguns irmãos diferentes. Todos afundaram, mostrando boa saúde e alimentação.

A frase de hoje é "A cagada para o homem está como o parto para a mulher. A diferença é que nenhum homem sofre de depressão-pós-parto, e sim, de ânimo-pós-bosta."

E digo mais: limpar a bunda é uma arte, que almeja um equilíbrio utópico entre rápidez, completude, higiene, paciência, detalhez, obstinação, e bom senso.

Por que Bom Senso? Por que bom senso é o equilíbrio entre obstinação e paciência, entre higiene e transtorno obsessivo compulsivo. Sem bom senso, a pessoa pode ficar horas limpando o rabo por pura neurose, mas sofrerá depois com cada passo assado que der, e que o lembrará da necessidade de se ter paciência nessas situações solitárias.

16h46, 17 de Abril de 2009

16h46. Novamente uma defecada.

Dessa vez ela foi engatilhada por duas xícaras de café, substância ativadora do sistema excramental.

Fiquei surpreso pela quantidade, mas ainda inconformado pelo formato "lua minguante" dos pedaços de fezes, onde plúrimos, estabeleceram-se no fundo, contrário há alguns outros, que boiaram novamente.

Parece que meu bolo fecal está se dividindo em três grupos mesmo: o primeiro constituído por irmãos menores, coletivos e minguantes; os segundos, por irmãos separados, equidistantes e embolotados; por fim, o terceiro grupo, constituído por bombons flutuantes.

O detalhe da vez foi o evidente ressecamento do bolo fecal frente ao cagado da manhã.

Mas qual a razão da tripartição bostal? Desconheço.

11h02, 17 de Abril de 2009

11h02, primeira defecada do dia.

Os blocos vieram com personalidades individualistas: cada um tinha seu estilo. Alguns boiaram; outros, mais longos e rijos, decidiram ir direto ao ralo. Um terceiro grupo, gordinho e carrancudo, se mostrou apático, pois simplesmente caíram e lá ficaram.

O concerto terminou com uma longa limpada, daquelas que chega a deixar a mão fedendo, mesmo que você não encostou literalmente na excreção.

Ultimamente tenho sentado no trono três vezes por dia, mas nenhuma das peças se encontra inteira, está vindo aos pedaços.

Dizem que é falta de fibras.

Mas eu vejo como excesso de merda.

22 de Agosto de 2006

Foi uma cagada suave, tranquila, e de tempo mediano.

O cocô estava com um comprimento normal, mas o relevo que me deixou pasmado, de tão liso.

Uma merda assim é difícil de se achar.

Sábado, 19 de Agosto de 2006

RÁPIDO MAS MORTAL

Hoje o bolo fecal estava fragmentado e de uma coloração marrom-clara.

Depois da bebedeira de ontem, era o que se esperava, mas a rigidez dos fragmentos foi uma surpresa.

Foi a única cagada do dia? Acho que não. Essa foi apenas uma ao estilo "pós-balada".

O que mais me agradou foi a rapidez dela, que durou quase um minuto. Mas seguindo a regra de que não existe uma verdade absoluta, desgradou por eu não conseguir terminar de ler uma página inteira do livro que estou lendo, "Meu Querido Canalha".

A limpada foi repetitiva mas conclusiva.